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Florbela

Da junção da lírica do traço escrito com a possibilidade infinita do traço desenhado, nasce a Poesia Gráfica. Sob este conceito, homenageamos, neste volume, Florbela Espanca: mulher e artista.

Convidamos dez ilustradoras, tão diferentes quanto as imagens que criam, e lançamos o desafio: dez mulheres, dez sonetos escritos pela mulher que se tornou uma lenda romântica e irreverente, e cem anos volvidos sobre a escrita das suas palavras.

O resultado da interpretação gráfica dos textos de Florbela Espanca encontra-se reunido neste volume. Assim se prova que hoje, como sempre, Florbela está viva, atual e capaz de fazer emergir a beleza que brota de dentro de quem a lê.

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Conheça o Autor

"Batizada Flor Bela Lobo, fez-se Florbela Espanca por pura vontade, fazendo seu o nome do pai que só a legitimou dezoito anos após a sua morte. Senhora de si, viveu com intensidade o caminho que o seu coração ditou, nunca permitindo que a convenção social a limitasse, nunca se reduzindo ao que da mulher era esperado no seu tempo. Amou intensamente. Casou três vezes, divorciou-se duas, e permitiu-se ser Florbela. Sentiu o êxtase da sedução, o encanto que a promessa de um abraço desconhecido traz, e chorou o desgosto da desilusão. Nunca se escudou das emoções que a vida lhe trouxe e a todas abraçou inteiramente. Fiel a si, sempre fiel ao Eu que cultivou, foi uma das primeiras mulheres a frequentar um curso liceal em Portugal, uma de catorze mulheres entre mais de trezentos alunos no curso de Direito que frequentou. Não eram o desconhecido, nem o não convencional que a detinham, nem tão-pouco a moviam. Era Florbela, de saia ou calças consoante o humor, com a sensação na pele que vertia em palavras sobre folhas incontáveis. Chamam-lhe «uma das primeiras feministas de Portugal». Terá sido uma das mais destemidas mulheres do seu tempo. Insaciável, inconformada e sonhadora. Imersa numa névoa de desalento e dor, não deixou de procurar a felicidade, sempre transcrevendo nos seus versos o que a preenchia: amor, paixão, erotismo feminino, saudade, sofrimento, solidão, morte. Nada do que viveu foi em vão, pois tantas mulheres lhe respiraram os escritos como tábua de salvação ao longo de quase um século. Hoje, como então, sentimos o que Florbela sentiu. E assim se faz eterna."

Da junção da lírica do traço escrito com a possibilidade infinita do traço desenhado, nasce a Poesia Gráfica. Sob este conceito, homenageamos, neste volume, Florbela Espanca: mulher e artista.

Convidamos dez ilustradoras, tão diferentes quanto as imagens que criam, e lançamos o desafio: dez mulheres, dez sonetos escritos pela mulher que se tornou uma lenda romântica e irreverente, e cem anos volvidos sobre a escrita das suas palavras. 

O resultado da interpretação gráfica dos textos de Florbela Espanca encontra-se reunido neste volume. Assim se prova que hoje, como sempre, Florbela está viva, atual e capaz de fazer emergir a beleza que brota de dentro de quem a lê.

Peso 0.500 kg
Dimensões (C x L x A) 16.8 × 1.1 × 26 cm

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