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Num universo de gigantes, existir enquanto pigmeu é um desafio.

Foi do desafio que nasceu a Vírgula d’Interrogação. Um desafio às montras, às grandes distribuidoras, que vendem a mesma dezena de livros que estão a sair naquele mês, e se fecham a toda a beleza que há para além deles. 

De forma mais simples: fartei-me de ver a mesma receita repetida, de não encontrar livros que me estimulassem, isto quando os procurava ativamente. Porque “não temos em stock”, “já não é editado” ou simplesmente não mereceu atravessar a barreira da língua.

Depois de uns anos nesta revolta de bancada, deu-me a iluminação — E se abrisse uma editora? Numa altura em que me familiarizava com as redes sociais que mais trabalham o livro enquanto produto (Instagram e Tik-Tok), foi com algum espanto que encontrei inúmeras pequenas (e ainda mais pequeníssimas) editoras. Algumas com objetivos bem definidos, várias com publicações muito selecionadas, de nicho, mas existiam. Então, quão difícil poderia ser?

Depois do desafio ser lançado não havia como fugir. Auto-desafios são os mais ardilosos: é-me impossível ignorar a voz que bichana incessantemente sob todos os outros pensamentos, que divaga, faz planos, projeções… E assim começou. Passo a passo (sim, avançamos por passos antes de o fazermos por projetos), empresa aberta, primeiro projeto definido, concretizado, primeiro livro lançado.

E assim nasce uma editora. Quem se atreve? Uma leitora que sonha. 

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